terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Obama e a Palestina (GUGA)

Obama parece extremamente inseguro quando o assunto é Israel. No passado, antes de se lançar ao Senado, era considerado pró-Palestina. Isto é, defendia a causa palestina e criticava Israel e a alinça americana com o país. Aos poucos mudou. Hoje diz que é pró-Israel, mas anti-Likud (partido de direita de Israel, de Netanyahu). Chegou, inclusive, a defender operações militares israelenses em Gaza. Na verdade, ele pouco se diferencia do republicano McCain e da democrata Clinton.

Como escreveram recentemente no livro "The Israel Lobby", Mearsheimer e Walt, um de Chicago e outro de Harvard, o único assunto no qual todos no Congresso americano concordam (com a rara exceção de Ron Paul) é o apoio irrestrito a Israel. Obama não é diferente de ninguém.

Um dos únicos verdadeiramente diferentes na política americana era Jimmy Carter. Até escreveu um livro comparando a situação dos palestinos ao Apartheid. Curiosamente, foi também Carter que mais garantiu a segurança de Israel, ao negociar a paz dos israelenses com o seu mais perigoso inimigo, o Egito. Os dois países já haviam travado três guerras antes disso. Hoje mantém relações diplomáticas. Pena que Obama não é como Carter. Se fosse, ele conseguiria ao mesmo tempo ser pró-Israel e pró-Palestina.

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