terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O gogó do Obama (CHICO)

Já que o assunto nas esquinas de Washington é a tal da "obamania", nada mais justo do que dedicar um espaço para ele, não é? O Guga já disse que ele age como qualquer outro congressista quando o assunto é Israel e Palestina. Ah, é importante dizer que ele é assessorado pelo ex-assessor de Segurança Nacional do Jimmy Carter, Zbigniew Brzezinski.

O "tar" do Obama é propaganda pura. Lembra muito a mensagem do Lula em 2002, aquela coisa da "esperança", da "mudança", "paz e amor", etc (não que o Lula seja propaganda pura, mas a mensagem é muito parecida). Já falamos aqui (eu e o Guga) que ele não é nem sombra do que estão dizendo. Eu não o considero negro. Ele foi criado pela mãe branca, cresceu no Havaí, estudou em redutos de branco (Columbia e Harvard) e, só depois da universidade, foi se meter com política nos guetos de Chicago. É mais ou menos como aquela discussão já bastante velha: o índio que mora na cidade, trabalha, arrecada imposto, cozinha no fogão, frequenta restaurante e não sabe nem fazer uma fogueira pode ser considerado índio? A discussão é enorme, mas tenho dúvidas. Acho, por exemplo, que o Evo Morales é um caso semelhante. Ele nunca foi ligado à causa indígena. Foi sempre um sindicalista, ligado aos cocaleiros. Só depois é que se transformou em líder da causa indígena. O Evo é índio?

Bom, voltando ao Bobama: ele é bom de gogó, mas não passa segurança para tratar de temas sensíveis, como política externa. Esse conto de "pacificador", o sujeito que vai unir os republicanos e democratas, é conversa pra boi dormir profundamente. É só acessar os sites dos republicanos conservadores e ler as manchetes. "Obama apóia grupos terroristas", etc. É daí pra pior.

Um sujeito que até 2003 era um mero senador no estado de Illinois (uma espécie de deputado estadual) e hoje é um candidato com chances reais de assumir a Casa Branca em um momento nada positivo para o mundo, é uma aposta arriscada. Quero poder queimar a minha língua, mas ele não me convence.

Vou deixar aqui dois vídeos muito bem bolados pela campanha do Obama. Um é para atrair os votos dos latinos no Texas (o clipe é brega demais, mas, convenhamos, os latinos são bem bregas). O outro foi feito com vários artistas do mainstream americano, que musicaram um discurso dele chamado "YES WE CAN" - bem coisa de quem se vende como o salvador da pátria. Quando vejo artista metido em campanha política logo me vem à cabeça a célebre frase do filósofo "Romárius", que certa vez atacou o filósofo "Pelés": "O Pelé calado é um poeta".



Um comentário:

gisela disse...

vc torce p billary ou p mccain?